Escolas que investem em salas inteligentes com sensores de CO₂ e climatização automatizada
Escolas e universidades brasileiras começam a transformar a forma como cuidam do ar em sala de aula. A preocupação com o conforto térmico e a saúde dos estudantes tem levado instituições privadas do Sudeste e universidades públicas a investir em sensores de dióxido de carbono (CO₂), climatização por demanda e sistemas de automação capazes de ajustar a ventilação de acordo com a ocupação dos ambientes. A proposta é reduzir riscos de infecções respiratórias e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho cognitivo.
Patrick Galletti, engenheiro especialista em climatização e CEO do Grupo RETEC, explica que os novos sistemas representam uma virada de chave para o ambiente escolar. “Sensores que identificam aumento nos níveis de CO₂ ou partículas no ar podem acionar sistemas de ventilação automaticamente, garantindo um ambiente mais saudável. Essa funcionalidade é especialmente importante em espaços compartilhados, onde a circulação de ar adequada faz toda a diferença”, afirma.
Pesquisas reforçam a relevância dessa mudança. Um estudo da Harvard T.H. Chan School of Public Health mostrou que altos níveis de CO₂ em salas de aula podem reduzir em até 15% a capacidade cognitiva dos estudantes. Já levantamento publicado no Building and Environment Journal apontou que a ventilação adequada reduz em 40% o risco de disseminação de doenças respiratórias.
No Brasil, iniciativas começam a ganhar corpo. O projeto ARES, conduzido por pesquisadores da Unaerp em parceria com instituições europeias e financiado pela FAPESP, instalou sensores em escolas municipais de Ribeirão Preto e no campus de Passos (MG). Os equipamentos monitoram em tempo real CO₂, partículas, temperatura e umidade, com dados enviados a um aplicativo que permite a professores e alunos acompanhar a qualidade do ar em cada sala.
Em Recife, outra escola submeteu suas salas a monitoramento contínuo durante 15 dias. Os resultados mostraram que, enquanto pela manhã os níveis se mantinham dentro do aceitável, à tarde chegaram a picos de 1.593 ppm, acima do limite recomendado de 1.000 ppm pela Organização Mundial da Saúde. Níveis tão altos estão associados a sonolência, dores de cabeça e queda de rendimento escolar.
Para Galletti, os impactos vão além da economia energética. “A climatização inteligente tem permitido que gestores e moradores entendam melhor o comportamento dos ambientes onde vivem ou trabalham. Essa análise detalhada ajuda a planejar soluções mais adequadas, como a redistribuição do uso de equipamentos ou melhorias na ventilação, que antes não eram tão evidentes”, diz.
Dados da OMS indicam que salas de aula frequentemente ultrapassam 1.500 ppm de CO₂, e esse excesso tem relação direta com queda de atenção e aumento de faltas escolares por problemas respiratórios. O Ministério da Educação estima que 15% das ausências em escolas brasileiras estejam ligadas a doenças respiratórias, um desafio que pode ser atenuado com a renovação adequada do ar.
Além de benefícios para a saúde, a automação contribui para a sustentabilidade. Segundo a Agência Internacional de Energia, sistemas de climatização por demanda podem reduzir em até 30% o consumo energético em edifícios escolares. Em um cenário de restrições orçamentárias, a combinação de economia e eficiência sanitária torna-se um diferencial competitivo para instituições de ensino.
“A inteligência nos sistemas permite analisar dados do ambiente e sugerir mudanças que os usuários talvez não percebam. É possível, por exemplo, identificar quais horários o consumo de energia é maior e ajustar o funcionamento para evitar picos desnecessários, o que também ajuda na sustentabilidade”, reforça Galletti.
Com o retorno presencial no pós-pandemia e o aumento das ondas de calor em várias capitais, a climatização escolar entrou em uma nova era. As salas inteligentes já não são apenas tendência, mas necessidade para garantir ambientes mais seguros, produtivos e preparados para os desafios do século 21.
Sobre o Grupo RETEC
O Grupo RETEC é referência, há mais de 40 anos, no setor de climatização e refrigeração no Distrito Federal e Goiás, oferecendo soluções integradas para instalação de ar-condicionado, ventilação, isolamento térmico e renovação de ar. Com uma equipe altamente qualificada e parcerias com fabricantes líderes, a empresa garante acesso às tecnologias mais avançadas e inovadoras do mercado. Oferecendo suporte técnico especializado e produtos com pronta-entrega, o Grupo RETEC está comprometido com a excelência, inovação e satisfação de seus clientes em projetos de diferentes portes.
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Sobre Patrick Galletti
Patrick Galletti é Engenheiro Mecatrônico, pós-graduando em Engenharia de Climatização e estudante do curso “O impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas”, pela Universidade de Harvard. Possui experiência em engenharia de orçamento, gerenciamento de riscos de construções, obras e operações offshore em uma das maiores empresas do Brasil, além de oito anos de atuação no mercado de climatização. Atualmente, é CEO do Grupo RETEC, uma empresa pioneira e referência com mais de 42 anos de atuação no mercado de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração).
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