Machine Girl lança nova música “Come On Baby Scrape My Data”

Eduardo Cavalcanti Cunha

Foto: Yulissa Benitez

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O agora trio nova-iorquino de electronic hardcore Machine Girl, liderado por Matt Stephenson, acaba de lançar uma nova faixa, “Come On Baby Scrape My Data” — seu primeiro lançamento desde o sucesso estrondoso de MG Ultra, em 2024. Sobrepondo uma linha de baixo gutural a um loop hipnótico de computador old-school, a faixa evoca uma batida frenética vinda das profundezas do ciberespaço.

“Foi escrita depois de passar por algo esquisito e perturbador, seja com IA ou com o estado de vigilância”, revela Stephenson. “Meu telefone me conhece bem demais – o que é uma sensação com a qual todos nós nos acostumamos muito nos últimos dez anos. A música provoca as grandes empresas de tecnologia, desafiando-as a tentar tomar nossos dados e identidades.”

O lançamento chega acompanhado de um videoclipe temático dirigido pelo próprio Stephenson, no qual ele interpreta um paranoico e alucinado “Data Junky” isolado em um quarto de hotel.

A novidade segue um ano de impulso global sem precedentes para a banda. Após uma turnê pela Europa que incluiu apresentação no Primavera Sound, o Machine Girl embarcou em uma série de shows esgotados pela América Latina – vendendo mais de 1.750 ingressos em apresentações no Brasil, Argentina, Chile, Peru e México – além de uma participação celebrada no Pitchfork Festival CDMX. O projeto também foi destaque em uma entrevista aprofundada para a La Bestia e na minissérie documental francesa Arte Tracks, reforçando sua reputação como um dos nomes mais ousados da cena electronic hardcore.

Ainda este ano, eles se apresentam em datas selecionadas nos EUA, incluindo o show anual de Halloween em Nova York, participação no festival Levitation e um show em Los Angeles, no The Fonda Theatre.

O álbum MG Ultra, de 2024, gerou o maior entusiasmo crítico da carreira da banda até agora. A Pitchfork afirmou: “A música deles soa como a trilha sonora da fase final de um bullet hell de arrancar bolhas nos dedos”, enquanto a Dazed observou: “é difícil imaginar uma trilha sonora melhor para a revolução do que o Machine Girl”. A turnê subsequente vendeu mais de 55 mil ingressos, com o álbum acumulando milhões de streams e se tornando um dos maiores lançamentos do grupo até hoje.

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